Sunday, May 24, 2009

É tão simples...



Gosto da simplicidade das coisas, do grito sincero do mar, da disposição desordenada das pedras, da areia a circundar.
Gosto das palavras que me chegam para segredar, algumas trazidas pelo vento, outras esquecidas no ar.
Gosto do amor puro, da amizade sincera, da alegria incompleta pelo medo de perder, da saudade e do querer.
Gosto da luz no teu rosto, que se reflecte no olhar e que aquece a tua pele quando me tentas abraçar.
Gosto de me consumir e de expor a minha liberdade, idealizar um rumo, negando a verdade.
Hoje gostava de me deter, sem ter de o fazer…
Mas é tão simples gostar e tão difícil evitar…

Sunday, May 17, 2009

Vai... voa... não fiques...

Sinto o corpo cansado, os músculos doridos, os olhos pesados.
Sentada à janela, observo o movimento desenfreado de quem sabe onde ir,
De quem sabe o que fazer e como o obter.
Parecem robots programados com rotinas e condutas
Que carregam pilhas substitutas e semblantes distorcidos
Que seguem independentemente da sua vontade
Como se tudo constituísse uma obrigação,
Uma ordem natural das coisas.
Vivem como fracos e oprimidos,
Esperando que, um dia, Alguém os salve…

Levanto-me e afasto-me deste cenário desconcertante…
Já há muito tempo que não escrevo,
Que não oiço, que não me encontro…