Sunday, November 18, 2007

Ser feliz

Quando me dizem “Gostava de ser feliz”
Não respondo…Não comento…

A felicidade é uma forma de estar
E não um objectivo a alcançar
É não exigir, mas insistir
Correr até o coração disparar
Gritar até a voz deixar de soar.

É viver no limite
Encarar o impossível como uma porta aberta
Para um mundo de possibilidades
Para um estado de fantasia
Capaz de superar duras realidades.

Ser feliz é ter medo de morrer…
É sentir a dor e chorar
É acreditar…
Saber saborear…
É amar com receio de o manifestar.

Ser feliz é sê-lo sem saber…

Sunday, July 22, 2007

*09/07/07 - 21/07/07* Seculo Sempre*


Por vezes baste um sorriso para perceber que a mais insignificante acção, o mais ténue gesto tem uma repercussão grandiosa quando vindo de uma criança…
É difícil escrever sobre a sinceridade espontânea, sobre a felicidade fácil, sobre a ingenuidade incutida pelo olhar de quem vê a vida como se de um sonho se tratasse, como se numa fábula se recriasse…
São momentos como estes que vivemos que nos fazem sentir maiores do que aquilo que realmente somos… São pessoas como aquelas que conhecemos que nos indicam que estamos e continuamos a caminhar…que nos motivam a não querer parar!
Sinto que realmente não há um topo, um limite, para o crescimento…Aprendemos até com aqueles que tão pouco sabem, mas que por tanto já passaram… E é ao vê-los e confrontá-los que nos apercebemos o quanto tornamos difícil aquilo que é tão simples, tão fácil…o quanto abdicamos por medo ou receio de falhar…
Estamos presos à capa que nós próprios criamos e moldamos de acordo com a situação, a pessoa, o momento…Será que existe alguma “capa” de tamanho de criança? E se existir, terão elas interesse em usá-la? Eis o que as distingue de nós e eis o que as faz sorrir de forma diferente, olhar com olhos diferentes, agir com movimentos e intenções distintos!
Aquilo que fica destes dias é muito mais que uma sensação de dever cumprido, é muito mais que a melancolia inerente à contrariedade de voltar…O que fica é uma porta aberta para um mundo que já há muito não visitava, que já há muito não vivia…voltar a ser e sentir como é ser criança…haverá coisa melhor?

Saturday, June 9, 2007

Give me your forever...

Sinto-me a renascer num mundo novo
Perturbante e desconhecido, mas ao mesmo tempo desafiante e compensador
Deixo o velho costume de pouco fazer e tanto viver
Liberto-me do ninho onde nasci e aprendi a crescer
É por isso que neste ponto de viragem
Presto este tributo
A todos os que me ensinaram
A todos os que de mim sempre tanto esperaram
A todos os que comigo riram, choraram, partilharam
Obrigado por tudo...
Obrigado por serem como são...
Obrigado...


Friday, April 27, 2007

Voá borboleta


"Voá borboleta, abri bôs asas e voá
Bem trazêm quel morabeza
Quand m'oiábô
Bô ca têm ninhum tristeza
Mesmo si bô ta morrê manhã
Dor ca ta existi pa quem voá
Borboleta, borboleta
Abri bôs asas e voá, mesmo se vida bai amanhã
Borboleta...
Se um prende vivê ess vida
Cada dia voá
É um mensagem pa tude gente
Qui tá sobrevivê, tude alguêm sim força pá voá pa vivê
Lá na mei de escuridão,
No podê encontra razão
Só no credita
No podê voá
Borboleta, borboleta
Abri bôs asas e voá
Mesmo se vida bai amanhã
Borboleta
No podê vivê nos vida
Cada dia voá..."

Porquê isto?


Tento compreender o impercéptivel
Calar a ira e suprimir este nó
Como é isto possível??
Será que me preferes ver só?
Este sentimento de injústiça consome-me
Cala a alegria de viver
Abafa a vontade e o querer
Limita a condição do meu ser
Dizes que me conheces? Não estás nem perto!
Queres-me ver feliz? Afastas-te do caminho certo!
Não é este o nosso canto
Não é assim que o dançamos
Desiludo-te por não querer mudar...
E tu amim...por não o aceitar...

Wednesday, April 25, 2007

A minha oração...

Católica desde pequenina, sempre me custou a aceitar a sua doutrina... Sempre achei que cada um deve encarar a religião da forma que sente e não basear a sua escolha naquilo que é "oferecido" e mtas vezes imposto! Acredito em Deus, mas no meu Deus...Foi por isso que, ainda muito novinha, criei a minha própria oração...Reflecte a inocência da idade, mas os medos de sempre...


Não quero saber quem és
Nem de onde vens
Quero apenas acreditar
Que existes para nos guiar
Porque se medos e insegurança tenho
Da morte, dos erros, da solidão
Só tu os podes atenuar
Para me aliviares o coração
Preciso de sentir que me compreendes
Que me tentas ajudar
Que a mim e a todos os que amo
Nunca irás as costas voltar
Gosto de ti mesmo não te conhecendo
És o meu silêncio, a minha esperança
A luz ao fundo do túnel
O peso que equilibra a balança
Espero que me perdoes quando te ofendo
Sabes que não é esse o meu objectivo
No fundo só pretendo
Um mundo mais justo e compreensivo
Obrigado.

Friday, February 23, 2007

Ter por que lutar


Uma vida de mentira que não tentaste evitar
Escondendo de ti próprio que tens medo de lutar
Inocência?Influência? O que é que te fez escolher
O caminho indicado para tudo se perder?
Mas não é justo querer culpar pelos erros praticados
Quem se deixou enganar pelos verdadeiros culpados
Falam do céu, escondem o inferno
Vivem pregando o mal eterno
E num interesse disfarçado oferecem uma passagem
Para um comboio sem regresso
Para o fim de uma viajem...
O cansaço manifesta-se
É dificil encontrar uma razão que ilumine a escuridão do teu olhar
A tua alma adormecida, num instante que prolonga
O desespero de poder encontrar uma saída
E das palavras nunca ditas, a mensagem fica no ar
Não queres lutar por ter...mas ter por que lutar...

My angle of night


Here I am...
Walking to nowhere
It's late and I can't see nobody...
A cold wind blows from the darkness
It's the only present on this moment of madness!
Weariness seize control of me
My soul is lying on the floor
I'm lost and without hope
Tell me what are you waiting for?
This world is a lie
It wounds my dignity
It put out any light
So please take me away
My angle of night...

The paranoia of my heart


Yesterday pain was forgotten on my heart
And hidden behind my soul
Today I can feel it on my skin
Waiting to get out
Yesterday I laugh all day
I felt good...I felt kind...
Today I'm trying not to cry
Am I loosing my mind?!
The paranoia of my heart
Is consuming me...
Is tearing me inside...I can't hide it
How long will I take to fight back the tears?

Barreiras de alegria


Gosto de te ouvir, gosto de te olhar
Reparar no ínfimo promenor até conseguir encontrar
Um sinal de medo...uma dor adormecida
Mas tudo o que descubro são barreiras de alegria
Peço-te uma palavra, demonstras num gesto
Sopras-me ao ouvido, mas eu não entendo.
O abraço é apertado e a tua pele quente
Encosto o ouvido no teu peito e oiço...
A tua alma soluça...A tua alma chora...
Afastas-te de mim, olhas-me com um sorriso
E beijas-me para esquecer.
Gosto de ti
Mas não gosto de te ouvir...
Não gosto de te olhar...
Porque tudo o que oiço e vejo não é mais que uma mentira
Agora eu sei!
As barreiras de alegria são muito mais que fantasia.

Silêncio perturbado


Que silêncio pertubado é este?
Silêncio que me isola e me torna serva de quem não sou
Apetece-me gritar, mas não consigo
Enfrento o infinito denunciando o que persinto.
Quero mudar de rumo por medo de falhar
Viver no meu mundo sem ninguém me criticar.
Mas para quê criticar o que não se vê nem se sente?
Para quê tornar importante o que só para mim é?
Palavras... nada mais do que palavras...
Por isso não falo...não contesto...não exijo...
Remeto-me apenas a este silêncio perturbado.